O 2° trimestre, para os alunos do EEEFM “São Gabriel da Palha”, tem como tema principal a POLÍTICA. Desde a concepção grega, a partir dos filósofos, e as conceituações mais modernas serão discutidas em sala de aula. Mas muita coisa liga a política está fora dos alcances dos conceitos lógicos-filosóficos de alguns pensadores.
O Brasil revive um momento muito bonito de volta às ruas, como em 25 de agosto de 1992, quando multidões vão às ruas das capitais do país exigir a renúncia de Collor. Vários jovens puxaram uma onda de protestos pelo país. Em 2013 milhares de jovens retornam as ruas pedindo uma drástica mudança no
cenário político brasileiro. Com máscaras, cartazes, caras pintadas e o peito cheio para gritar #VEMPRARUA! Marcam o início de uma tentativa de mudar o Estado. Estes tantos jovens representam o desejo de serem protagonistas de uma nova era política.
Com os alunos da 2ª Série do EM discutir a questão desse protagonismo juvenil, que para Renato Souza de Almeida “o termo ‘Protagonismo Juvenil’ tem sido tão utilizado nos últimos anos, que o seu significado acabou assumindo aspectos diferenciados para os diversos grupos que dele fazem uso. É necessário resgatar este sentido político do termo. Protagonizar, ou seja, ‘exercer o papel principal’ não é afirmar que o indivíduo jovem deve ser a estrela, o “superstar”. Mas, é afirmar que o/a jovem não deve pedir permissão para os/as adultos/as para sonhar e construir um mundo diferente. Enquanto o/a adulto/a pede moderação, a juventude protagonista é radical na sua crítica às injustiças e na sua atuação política forjadora de uma sociedade diferente!”.
Querendo exercer seu protagonismo os alunos criaram cartazes e manifestaram sua indignação com a política brasileira.
Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas
colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras
dedicam quase todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esportes.
Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de
leitura também são muito diferentes. Alguns lêem apenas jornais ou gibis,
outros gostam de romances, outros ainda preferem livros sobre temas diversos
como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.
Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não
posso querer que outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão
assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras
pessoas achem o esporte uma chatice.
Mas, será que existe alguma coisa que interessa a
todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem
são e onde se encontram? Existem questões que deveriam interessar a todas as
pessoas.
Qual a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta
pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida.
Se fazemos esta pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será o
calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então
certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas.
Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades,
será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham
que sim. Eles acham, que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo
mundo precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa
de que todos nós precisamos. 1 Nós temos a necessidade de descobrir quem
somos e porque vivemos.
Portanto, interessar-se em saber porque vivemos não é
um interesse casual; como colecionar selos, por exemplo. Quem se interessa por
tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente
desde quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o
Universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do
que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos.
2 O melhor
meio de se aproximar da filosofia é fazer perguntas filosóficas:
Como o mundo foi criado? Será que existe uma vontade
ou um sentido por detrás do que ocorre? Há vida depois da morte? Como podemos
responder a estas perguntas? E principalmente: como devemos viver.
Estas perguntas têm sido feitas pelas pessoas de todas
as épocas. Não conhecemos nenhuma cultura que não se tenha perguntado quem é o
ser humano e de onde veio o mundo.
Basicamente não há muitas perguntas filosóficas para
se fazer. Já fizemos algumas das mais importantes. Mas a história nos mostra
diferentes respostas para cada uma dessas perguntas que estamos fazendo.
É mais fácil, portanto, fazer perguntas filosóficas do
que respondê-las.
Da mesma forma, hoje em dia 3cada um de nós deve encontrar a sua resposta
para estas perguntas. Não dá
para procurar numa enciclopédia se existe um Deus, ou se há vida após a morte.
A enciclopédia também não nos diz como devemos viver. Mas a leitura do que
outras pessoas pensaram pode nos ser útil quando precisamos construir nossa
própria imagem do mundo e da vida.
A busca dos filósofos pela verdade pode ser comparada
com uma história policial. Um crime na vida real pode chegar a ser desvendado
pela polícia um dia. Mas também podemos imaginar que a polícia nunca consiga
solucionar determinado caso, embora a solução para ele esteja em algum lugar.
Mesmo que seja difícil responder a uma pergunta, isto
não significa que ela não tenha uma – e só uma – resposta certa. Ou há algum
tipo de vida depois da morte ou não.
Muitos dos antigos enigmas foram resolvidos pela
ciência ao longo dos anos. Antigamente, um grande enigma era saber como era o
lado escuro da lua. Não era possível chegar a uma resposta apenas através da
discussão; a resposta ficava para a imaginação de cada um. Hoje porém, sabemos
exatamente como é o lado escuro da lua. Não dá mais para acreditar que há um
homem morando na lua, nem que ela é um grande queijo, todo cheio de buracos.
Um dos antigos filósofos gregos, que viveu há mais de
dois mil anos, acreditava que 4a filosofia era fruto da capacidade do homem de se admirar com as coisas.
Ele achava que para o homem a vida é algo tão singular que as perguntas
filosóficas surgem como que espontaneamente. É como o que ocorre quando
assistimos a um truque de mágica: não conseguimos entender como é possível
acontecer aquilo que estamos vendo diante dos nossos olhos. E então, depois de
assistirmos à apresentação, nos perguntamos: como é que o mágico conseguiu
transformar dois lenços de seda brancos num coelhinho vivo?
Para muitas pessoas, o mundo é tão incompreensível,
quanto o coelhinho que um mágico tira de uma cartola, que há poucos instantes
estava vazia.
No caso do coelhinho, sabemos perfeitamente que o
mágico nos iludiu. Quando falamos sobre o mundo, as coisas são um pouco
diferentes. Sabemos que o mundo não é mentira ou ilusão, pois estamos vivendo
nele, somos parte dele. No fundo, somos o coelhinho branco que é tirado da
cartola. A única diferença entre nós e o coelhinho branco é que o coelhinho
branco não sabe que está participando de um truque de mágica. Conosco é
diferente. Sabemos que estamos fazendo parte de algo misterioso e gostaríamos
de poder explicar como tudo funciona.
GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia Cia
das Letras.1995.
A proposta do trabalho proposto é que os alunos pesquisem sobre a vida e os temas escritos pelo sociólogos clássicos Karl Marx e Max Weber. Faça pesquisa e fique atento a data de entrega.
Os alunos do 1º V1 e 1º V2 deverão entregar no dia 19 de Abril de 2013.
Os alunos do 1º V3 deverão entregar no dia 24 de Abril de 2013.
O trabalho é individual e tem valor de 8,0 pontos.
Assistir ao filme E aí meu irmão, cadê você? Dirigido por Joel Coen e Ethan Coen no ano 2000. Para isso é necessário que a história de Ulisses seja pesquisada e montar a relação entre as duas histórias. “Os seres enfrentados por Ulisses na lenda original são mostrados no filme de uma forma mais ‘moderna’, só pra citar um exemplo, o Ciclope, que na mitologia é um gigante de um olho só, mostra-se no filme como um gordalhão caolho. Logo, é preciso conhecer a história de Ulisses, para perceber as referências feitas no filme à famosa lenda grega”, Blog Monte Olimpo.
Veja o filme e entregue uma redação sobre a nova versão e a relação entre a história de Ulisses e a de Everett Ulysses McGill.
“Não há motivos para pensar o contrário. Os cinco garotos que atearam fogo a Galdino Jesus dos Santos, um índio pataxó de 45 anos, são normais. Provavelmente tem pais preocupados com os filhos e tiveram a educação que qualquer garoto de classe média ou rica tem no Brasil. Vão à escola; fazem ginástica ou qualquer outro esporte; gostam de rock; de moto; marca de carro; discutem quem é mais rico do quem; falam de computadores; Passeiam na Flórida, em NY ou na Europa. Se fizeram o que fizeram é porque lhe ensinaram, na prática e não no discurso, que um índio não é como eles, não é um igual em humanidade.
Os garotos não são monstros, simplesmente não sabem mais distinguir entre o que é ou não monstruoso, pois foram educados num tempo em que o horror perdeu seus aspectos extraordinários. Não por ‘culpa’ da mídia, como se acostuma dizer. A mídia forma hábitos, é claro.
(...) O que estamos fazendo com nossos filhos? Por Deus, o que estamos fazendo com garotos que tinham para ser diferentes e se tornarem frios e brutais candidatos a assassinos, por nossa estupidez?
(...) Que me perdoem os leitores exigentes. Não dá para fazer análise acadêmica quando a atrocidade chega a esse nível. Crueldade gratuita é o limite extremo da barbárie. Estes garotos, repito, não são monstros. Eles simplesmente vêm sendo descerebrados e transformados em bocas, narizes ou braços para a entrada de drogas; corpos desumanizados e reciclados como cabides para artigos de moda. (...) Vamos mudar, antes que seja tarde. Vamos ensinar o mundo num lugar de solidariedade, amizade e alegria”.
Jurandir Freire Costa, Razão públicas, emoções privadas. Rio de Janeiro, Rocco, 1999. P. 90-92.